quinta-feira, março 02, 2006

 

Deu na Folha Hoje

Abuso de remédios pode causar cefaléia

Quem abusa dos analgésicos para se livrar, entre outros males, da dor de cabeça, pode ver o feitiço voltar-se contra o feiticeiro. De acordo com um estudo publicado pela "Revista Clínica Espanhola", o consumo abusivo desse tipo de medicamento pode provocar cefaléia ou dor de cabeça crônica.

Foram acompanhadas 4.855 pessoas maiores de 14 anos moradoras da cidade de Santoña, na Cantabria (norte da Espanha), das quais 332 abusavam dos analgésicos - a maioria tinha consumo médio mensal de 50 comprimidos. Delas, 72 apresentavam cefaléia crônica diária.

Segundo os pesquisadores, a dor de cabeça crônica pode se converter em um problema de saúde pública, já que causa grande impacto na área do trabalho e na qualidade de vida das pessoas. Eles advertem que os analgésicos - remédios muito consumidos por serem vendidos sem receita - não estão livres de efeitos colaterais e defendem uma maior regulação da venda desses medicamentos. [Folha Equilíbrio, p. 11]

País é o maior consumidor de anfetaminas
[Relatório da ONU mostra que consumo da substância cresce]

A obsessão pela magreza, associada a um descontrole sobre o trabalho médico, fez o Brasil conquistar um recorde incômodo: o de campeão mundial no consumo de anfetaminas, substâncias anorexígenas causadoras de dependência química, insônia, irritabilidade, taquicardia e hipertensão arterial, além de estar relacionadas à incidência de depressão, crises de ansiedade e pânico. E esse consumo só cresce.

Relatório divulgado ontem pelo escritório das Nações Unidas responsável pela fiscalização e controle mundial das drogas (INCB, na sigla em inglês) mostra que o Brasil está na companhia de países como Austrália, Cingapura e Coréia, onde o consumo das anfetaminas vem crescendo, contrariamente à tendência mundial de retração.

De 6,97 doses diárias por mil habitantes, que o Brasil apresentava em 1993-95, quando uma recomendação internacional cobrou dos governos em geral um controle mais estrito dos estimulantes legais usados como anorexígenos, passou-se a 2,57 doses diárias por mil habitantes, em 1997-99. A partir desse biênio, entretanto, o consumo de anfetaminas cresceu consistentemente até atingir o índice de 9,1 doses diárias por mil habitantes no biênio 2002-2004. As cifras correspondem a um crescimento de 254,1%.

As anfetaminas são drogas sintéticas usadas desde o início do século passado como estimulantes. Há registros do uso dessas substâncias por soldados nos fronts das grandes guerras mundiais. Por seu alto poder de adição, contudo, foram substituídas por drogas mais modernas, com menos efeitos colaterais. Atualmente, só se indica o uso de anfetaminas em casos raríssimos de narcolepsia (doença caracterizada por períodos de sono breves, repetidos e incontroláveis).

A popularidade das anfetaminas como auxiliar no emagrecimento decorre do fato de elas serem rápidas e potentes, verdadeiras "lipoaspirações químicas", como disse um médico à Folha. "Tem gente que chega no consultório já exigindo a receita, porque vai casar a filha em 15 dias e tem de caber no vestido", diz o psiquiatra André Malbergier, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da USP. [Folha Cotidiano, p. C4]

Meus comentários: Todos os remédios/medicamentos são feitos para matar [os sintomas que incomodam e as pessoas que os tomam, via "efeitos colaterais" que são mortais]. É bom sempre lembrar que os cadáveres não apresentam nenhuma doença dolorosa...Tomar remédio é tentar virar cadáver! Qualquer doença só é curável pela mudança dos hábitos prejudiciais ao corpo, hábitos patológicos.

Abraço, Rui.

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